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Ressecamento vaginal: tem solução?

  • Foto do escritor: Dra. Patrícia Fagundes
    Dra. Patrícia Fagundes
  • 9 de fev. de 2023
  • 3 min de leitura

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Com o passar dos anos, não é só a pele do rosto que sofre mudanças. Na área genital, a redução dos hormônios femininos na menopausa leva a um afinamento da pele e mucosa, ressecamento e perda da firmeza. Como consequência surgem sinais e sintomas nada agradáveis: desconforto durante a relação sexual ou ao fazer exercícios, pequenas assaduras, escape de xixi ou infecções urinárias de repetição. Este quadro conhecido pelos médicos como Síndrome Genito-Urinária, é uma situação bem longe de ser àquela esperada para uma fase da vida em que as mulheres pensam e merecem desfrutar.


Para complicar, este é um assunto pouco falado ou digamos assim, falado de maneira muito velada. A medicina tem sua parcela de culpa nesta história pois, até bem pouco tempo atrás, era uma área pensada por homens e não dedicava muita atenção a certas queixas femininas. A sociedade atual que valoriza o poder, vigor e juventude tem também sua cota de responsabilidade pois não é nada fácil para uma mulher falar sobre dores e escapes. Nem com a melhor amiga, que dirá com o marido ou companheiro.


“A” virada


Como toda mulher está susceptível aos efeitos da menopausa, os números de mulheres com estes sintomas dizem por si só e motivaram pesquisas! Assim, há alguns anos, pesquisadores dos maiores e mais respeitados centros de pesquisa mundiais iniciaram seus trabalhos na busca por uma alternativa de tratamento que não envolvesse apenas o uso de hormônios. Os resultados foram animadores e apontaram para os benefícios do uso dos lasers como alternativa segura e eficiente. E hoje, o que se tem é um cenário já consolidado, embasado cientificamente em que o tratamento dos sintomas relacionados a Síndrome Genito-Urinária utilizando lasers ocupa lugar de destaque como alternativa segura e eficiente para melhorar esses sintomas.


Lasers


O tratamento com lasers utiliza ondas de luz que ao atravessarem as camadas da pele estimulam as glândulas responsáveis pela lubrificação a voltarem ao seu funcionamento anterior, quando os níveis hormonais eram os da pré-menopausa. O mesmo princípio se aplica para melhora da incontinência urinária. Importante mencionar que a depender do grau dos sintomas, os lasers cedem espaço para outras alternativas mais indicadas e por isso, uma avaliação em conjunto ginecologista-uroginecologista-dermatologista é fundamental.


No Brasil e em vários países do mundo, o laser mais utilizado é o laser de Erbium 2940nm pelo conforto e eficiência. Outros tipos de lasers também podem ser utilizados. O tratamento deve seguir alguns passos importantes: ser precedido por uma visita recente ao ginecologista, seguida de uma consulta com o dermatologista e com tudo ok, aí sim poderá ser realizado. Em geral, são indicadas 3 sessões que duram em média 30 minutos cada, com intervalos mensais e 1 sessão de manutenção a cada 6 ou 12 meses. Mas cada caso deve ser analisado de maneira individualizada e diferenças no tratamento ou número de sessões podem ocorrer.


Boa notícia: o tratamento costuma ser bem tolerado pelas pacientes!


E quem deve realizar o tratamento: ginecologista ou dermatologista?


Segundo a Dra. Patrícia Fagundes, Dermatologista, e a Dra. Jacqueline Lunardelli, Ginecologista, ambas médicas do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e bastante conhecedoras do assunto, ambas especialidades podem atuar nesta área. Há inclusive profissionais que contam com uma equipe de peso com fisioterapeutas e enfermeiras especializadas para auxiliar no tratamento, e com isso obter os melhores resultados. O dermatologista por entender da pele e mucosa estende e aplica seus conhecimentos para o tratamento da pele da área genital. Independente da especialidade, ter conhecimento e experiência é fundamental!


Dra. Patricia Fagundes @drapatriciafagundes

Dra. Jacqueline Lunardelli


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